Diálogos Improváveis – O Populista, a Democracia, o Radical e a Opinião Pública
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Os Diálogos – entre o populista, a democracia, o radical e a opinião pública – dão força às palavras ditas, clarificam “conceitos em forma de personagens” que dialogam sobre mudanças, mitos, crises e divisões sociais. Todas as personagens, consoante os temas, revelam opiniões de esquerda, direita ou sem nenhum enquadramento político. Falam da crise da democracia, do passado e do futuro, na voz e nas vontades que solicitam o leitor a identificar e a identificar-se sob o ponto de vista político. Falam da globalização (suas dificuldades e perspetivas), do Brexit e dos referendos como modo democrático de consulta ou forma populista de decidir; falam da questão social – uma discussão em aberto, sem fim, como as desigualdades, o poder do laicismo, o entendimento democrático ou não do nacionalismo, e as pressões dos supra e dos subnacionalismos.
A conversa, no campo internacional, aborda a situação no Médio Oriente, o terrorismo, as intenções e as dissensões, a guerra e os seus efeitos mais graves – as migrações e as manifestações de ciberguerra. Comenta práticas da teoria da conspiração, da pandemia da Covid vista por leigos e, enfim, “da liberdade – o tudo ou o nada na sociedade”.
Nestes diálogos não há teses esmagadoras de todas as objeções. A reflexão enriquece-se com contrapontos externos a ela mesma: as personagens afinaram ou até corrigiram alguns pontos de vista. Os Diálogos Improváveis aqui ensaiados estimulam também o leitor a criar certezas ou dúvidas, afetos ou rejeições, mas sem excluir a diferença do humano.
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