Populismo – Todo o Poder vem do Povo, mas para onde vai?
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Toda a gente aceita que é o povo que legitima o poder político. Mas quando se pergunta o que fazer com ele, a democracia tem várias respostas e os vários populismos só têm uma. A democracia baseia-se na diversidade de opiniões. Os populismos consideram que o povo tem uma opinião uniforme, cuja vontade pura representam.
A democracia tem a dinâmica de intenções ideológicas. O populismo adota o imobilismo das práticas doutrinais. Ao encarar-se como eixo identitário da nação, o populismo assume posturas distintas: o de direita pensa que a xenofobia resguarda a identidade nacional e o de esquerda defende que os valores identitários do passado é que norteiam o futuro. O combate aos populismos é cultural e ideológico. Este livro revela atitudes populistas, em Portugal e no estrangeiro, realizadas por personalidades políticas desprezíveis, como Donald Trump, e por outras que cultivam respeitável cidadania, como Marcelo Rebelo de Sousa. O povo é mais tocado pelos aspetos emocionais do que pelos racionais as emoções são de afeto ou repulsa as calamidades, como os incêndios de 2017, suscitam emoções que levam o populismo a reativar lamentos em vez de ativar ações que evitem sofrimentos. A questão não é simples, nem isenta de polémicas. O populismo é condenado e é defendido. Este livro procura alertar para a existência do populismo camuflado nas diferentes circunstâncias que podem desestabilizar a democracia. |
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