Alfredo Ribeiro – História, Memória e Saudade – O Universo Casapiano
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Lembro-me que no Natal, como alguns de nós não íamos a casa, recebía-mos a visita de pessoas que nos eram estranhas. Para as recebermos, vestía-mos as nossas fardas, todas aprumadas … tudo parecia normal e agradável até chegarem as pessoas que nos cercavam com os olhos de caridade superficial, nós sorriamos enjoados e elas apertavam-nos secamente.
Quem são? – Gente a mando de outrem. E para quê? – Penso que seja para verem se estamos a ser bem tratados, se está tudo a jeito. Com que fim? –Porque nós somos os homens do amanhã, do Futuro.
Era tempo de Beatles e Elvis Presley. Eles estavam dando ao mundo ou-tra imagem da vida. Era a paz, o pão, a natureza como religião … tudo se transformou para a juventude, também, dentro destas quatro paredes, onde, se pensava que nada transformaria coisa alguma, houve mudança.»
«Também, ainda hoje, volvidos bastantes anos, se reflete a falta do trato terno, de uma mão de mãe carinhosa que eu um dia devia imitar.
Assim, é difícil, sou um desajeitado, faço tudo errado.
Sou nervoso, teimoso, até arrogante.
Mas, quando me tocam, passo a ser o contrário. Não tenho meio termo em qualquer situação. Sei que esse procedimento perturba o relacionamento com os outros.»
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